OS CAMINHOS DE DEUS SÃO SANTOS

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' No dia da minha angústia busquei ao Senhor; a minha mão se estendeu de noite, e não cessava; a minha alma recusava ser consolada. Lembrava-me de Deus, e me perturbei; queixava-me, e o meu espírito desfalecia. Sustentaste os meus olhos acordados; estou tão perturbado que não posso falar. Considerava os dias da antiguidade, os anos dos tempos antigos. De noite chamei à lembrança o meu cântico; meditei em meu coração, e o meu espírito esquadrinhou. Rejeitará o Senhor para sempre e não tornará a ser favorável? Cessou para sempre a sua benignidade? Acabou-se já a promessa de geração em geração? Esqueceu-se Deus de ter misericórdia? Ou encerrou ele as suas misericórdias na sua ira? E eu disse: Isto é enfermidade minha; mas eu me lembrarei dos anos da destra do Altíssimo. Eu me lembrarei das obras do Senhor; certamente que eu me lembrarei das tuas maravilhas da antiguidade. Meditarei também em todas as tuas obras, e falarei dos teus feitos. O teu caminho, ó Deus, está no santuário. Quem é Deus tão grande como o nosso Deus? Tu és o Deus que fazes maravilhas; tu fizeste notória a tua força entre os povos. '

( Salmos 77:2-14 )

A lembrança do Senhor eventualmente encoraja o salmista, mas inicialmente ele gemeu ao pensar em tudo o que Deus fez; ele meditou e isso o fez desmaiar. Sua memória da graça passada tornou seu sofrimento presente ainda mais difícil de suportar. Essa meditação causou mais dor, deixando o salmista sem sono e ansiando pela graça de dias anteriores. Deus é apontado como a fonte da insônia do salmista. Este resultado negativo da meditação ajuda a corrigir qualquer fórmula simples que possamos ter de que se levarmos nossa angústia a Deus, apenas meditando na obra de salvação de Deus fará com que tudo pareça melhor. Deus é soberano e dá resposta a seu tempo. O salmista não conseguia dormir e não conseguia falar. Ele tentou de todas as maneiras descrever o problema e está exausto, sem palavras, e apenas prostrado diante do Senhor. Ele pensa nos dias passados, nos anos de muito tempo atrás.

A igreja que íamos quando éramos mais novos nos parece agora como vitoriosa naqueles dias. Muitos eventos, muitas programações, muitas pessoas e tanto a Escola Dominical como a Escola Bíblica de Férias pareciam lotar de crianças. Hoje, algum dos membros mais velhos fala sobre o apogeu da igreja, em sua juventude. ‘Nunca mais será assim’ dizem. Como nunca será como antes, essa reminiscência do passado faz com que a maioria das pessoas não estejam dispostas a fazer nada no presente. Precisamos ter cuidado a não querer viver de experiências anteriores. Mas aqui o salmista faz bom uso da meditação sobre o passado.

O salmista se lembra das canções que cantava à noite, canções de louvor a Deus, e as memórias o levaram a perguntar: "O Senhor rejeitará para sempre?". A resposta implícita é: Não! Ele cantou canções sobre a fidelidade de Deus, Seu amor infalível e Seu cuidado pactual. Todos esses temas de salvação devem inevitavelmente levar à conclusão de que o Senhor virá em auxílio de Seu povo. O amor infalível pode desaparecer? Como pode, se é infalível? As promessas de Deus não podem falhar porque são promessas de Deus. DEUS É AMOR: Como Ele pode deixar de ser misericordioso e compassivo para com o Seu povo? É por misericórdia e compaixão que Ele disciplinou Seu povo.

O salmista percebe que tem um caso a apresentar, motivos para um apelo: O amor da Aliança de Deus. Ele apela para os anos em que o Altíssimo estendeu a mão para a salvação. Ele pensa nas ações e nos milagres de Deus. As obras de Deus mostram o caráter de Deus, por isso o salmista se anima ao refletir sobre o caráter de Deus.

O salmista reconhece que os caminhos de Deus são santos. Até mesmo a ação de disciplinar Seu povo é um ato realizado em santidade. O poder do Senhor é tão grande que não pode se comparar com nenhum dos outros deuses, principalmente porque são falsos os deuses do inimigo que os levou para o exílio. Deus redimiu Seu povo do Egito. As grandes águas do Mar Vermelho viram o povo de Deus preso e cercado pelo exército de Faraó. O que parecia ser uma morte certa se tornou a salvação certa e o julgamento certo sobre o exército de Faraó quando Deus abriu o Mar Vermelho. O Senhor não foi visto quando Ele abriu o Mar Vermelho. O povo de Deus teve que seguir em frente com fé. Pense na visão de uma parede de água de cada lado deles! Deus não deixou pegadas, mas Ele estava lá o tempo todo.

Meu irmão e minha irmã, quando estivermos vivendo aquele tempo difícil, complicado, sem uma aparente solução ou esperança, lembremos dos feitos do nosso Grande Deus. Lembremos de tudo aquilo que Ele fez na nossa história: Quantos livramentos! Quantas respostas! E acima de tudo, quanto amor! Ele nos leva em Seus caminhos santos e nos santifica, para que possamos desfrutar de Sua presença. Amém?

Tenha um dia abençoado e até a próxima.

 

 

 

Devanir Caetano da Silva

Pastor da Igreja Restauração em Cristo

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