LAMENTO POR ALGUÉM QUE JÁ FOI COMO UM IRMÃO

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' Falsas testemunhas se levantaram; depuseram contra mim coisas que eu não sabia. Tornaram-me o mal pelo bem, roubando a minha alma. Mas, quanto a mim, quando estavam enfermos, as minhas vestes eram o saco; humilhava a minha alma com o jejum, e a minha oração voltava para o meu seio. Portava-me como se ele fora meu irmão ou amigo; andava lamentando e muito encurvado, como quem chora por sua mãe. Mas eles com a minha adversidade se alegravam e se congregavam; os abjetos se congregavam contra mim, e eu não o sabia; rasgavam-me, e não cessavam. Com hipócritas zombadores nas festas, rangiam os dentes contra mim. '

( Salmos 35:11-16 )

Este Salmo é o lamento de um homem inocente diante de acusações e ataques de inimigos que costumavam ser seus amigos, por isso, ele clama a Deus por justiça.

O lamento e o consequente pedido por justiça divina, certamente é adequado para quem sofre ataques injustos e calúnias em qualquer momento de sua vida, mas parece ser mais dolorido quando a injustiça ou traição seja praticada por alguém muito próximo, um “amigo quase irmão”. Quem nunca passou por uma experiência dolorida como esta?

No versículo 3 o salmista afirma sua fé, mas ao mesmo tempo, ele pede a Deus que a fortaleça ainda mais. A fé sempre tem que crescer. Crises e provações apresentam a necessidade e a oportunidade para esse crescimento.

Quero destacar hoje a maldade dos inimigos, descrita nos versículos de 11 a 16. Esta porção do Salmo é um lamento que descreve a atitude dos ímpios. E só para não esquecermos, “ímpio” é todo aquele que não respeita a Palavra de Deus, mesmo que se julgue um cristão. Esta oposição a Davi assumiu a forma de calúnia e engano. Eles retribuíram com mal o bem que haviam recebido (vv. 11-12).

Na contramão dos ímpios, os vv. 13-14 mostram o caráter de quem ama a Deus.

Talvez você possa sentir uma identificação com Davi, se em algum momento ajudou alguém, um amigo, um parente ou até um estranho, mas no final foi enganado, traído, mentiram a teu respeito, ou até te roubaram. A típica atitude de quem paga com o mal todo o bem que recebeu. Isto dói lá no profundo da alma. O que fazer? O que dizer? Às vezes não sabemos o que fazer e nem o que dizer. Nos resta apenas as lágrimas.

E para piorar este quadro, Davi no V. 16 declara que houve desprezo coletivo e zombaria.

Ah meu irmão e minha irmã, o diabo se aproveita da multidão instável daqueles que ilusoriamente pensávamos que eram amigos, mas não eram, para prejudicar todos aqueles que procuram ter uma vida correta diante de Deus e diante das pessoas. Quando passamos por uma experiência amarga como esta, na nossa raiva até de nós mesmos, nos prometemos nunca mais ajudar ninguém, nunca mais se envolver daquela maneira, nunca mais se doar tanto. Mas existe um algo “especial” naqueles que amam a Deus: um coração bondoso, por causa do tanto de amor e bondade que Deus tem derramado sobre nós. É Deus tratando da nossa natureza e nos tornando mais parecidos com Ele. Podemos e devemos procurar ser mais sábios, com certeza, mas não negligenciar o ajudar ao próximo, porque um ou outro nos enganou. Vamos seguindo fazendo aquilo que Deus espera de nós. Amém?

Tenha um dia abençoado e até a próxima.

 

 

 

Devanir Caetano da Silva

Pastor da Igreja Restauração em Cristo

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